Lugares do mundo para degustar vinhos

O reconhecimento da importância do enoturismo na economia nacional levou à criação de um plano de ação específico para o setor, da responsabilidade do Turismo de Portugal, com investimento previsto de 5 milhões de euros entre 2019 e 2021. Em março foi lançada a primeira campanha de promoção do enoturismo português no Reino Unido, em Espanha, França, EUA, Brasil, Alemanha e Canadá, cujos resultados, atendendo à pandemia, ficarão muito aquém dos objetivos.

No seio dos conhecedores, Portugal está muito bem cotado internacionalmente. Na segunda edição do World’s Best Vineyards, prémio patrocinado pelo International Wine Challenge e que distingue “não apenas as melhores vinhas do mundo mas uma lista dos 50 lugares mais incríveis para degustar vinhos e aprender sobre o seu processo de produção”, Portugal está representado com dois nomes: Quinta do Crasto e Quinta do Noval.

 

 

O Crasto é repetente neste Top 50: no ano passado ficou em 4.o lugar, neste ano em 8.o, e Tomás Roquette não esconde o orgulho pela propriedade da família mas também pelo “enorme destaque” que a distinção representa para o Douro, “a única região representada no ranking”. Em 2019, pela Quinta de Sabrosa, famosa pela sua “piscina infinita” suspensa sobre o vale do Douro, passaram mais de 7 mil visitantes. “Poderiam ter sido 15 mil, se tivéssemos capacidade para os receber”, sublinha Tomás Roquette. E por isso a família está a preparar um grande investimento nesta área, designadamente recuperando edifícios para albergar uma nova loja, sala de provas renovada e um espaço para refeições mais alargado.

A intenção é também alargar o número de quartos (são apenas quatro atualmente) para receber turistas. E em ano de covid, os turistas rareiam, mas em contrapartida os portugueses têm aproveitado para redescobrir o Douro. “Julho está em linha com o ano anterior e temos muitas marcações para agosto, setembro e outubro”, diz.